Viajar pela leitura

"Viajar pela leitura sem rumo, sem intenção. Só para viver a aventura que é ter um livro nas mãos. É uma pena que só saiba disso quem gosta de ler. Experimente! Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça na imaginação!" (Clarice Pacheco)

sábado, 30 de julho de 2011

Olá pessoal, descobri este material na internet durante uma pesquisa que estava fazendo. Fiquei encantada com a história do Sol e o Vento narrada com tanta graça. Espero que gostem e após assitirem deixem seu comentário. Busquem mais títulos em formato de videobook. "Boa Leitura".
Abraços!
Sônia.

Depois do audiobook, que tal um videobook para ler com pipoca?

Na sociedade do espetáculo, não são poucos aqueles que reclamam das versões dos livros que servem de base para filmes, telenovelas e, até mesmo, videogames. Os críticos não se prendem apenas à transposição equivocada da obra, mas ao fato da linguagem textual se perder em meio ao show de recursos de imagem, som e movimento.
Porém, e se fosse possível utilizar todos esses recursos sem perder o texto? Em outras palavras, e se fosse possível incorporar os recursos das novas mídias para ressaltar (e não esconder) a trama escrita?
Os livros infantis se revelam uma bela possibilidade para isso.
A Callis Editora acaba de desenvolver um formato inovador para uma coleção de 40 livros infantis de seu catálogo. São obras que ganharam narração, trilha sonora original e movimento. Obviamente, sem perder o texto original. 
Um videobook! Algo que pode rodar em todos os aparelhos: smartphones, tablets, computadores e na televisão.
Em um mundo cada vez mais digital, não deixa de ser reconfortante saber que nos dias de hoje podemos convidar nossos filhos a ler um livro em nossa televisão na sala de casa!
Veja o exemplo do livro O sol e o vento, de Júlia Alba. Clique aqui para assistir.

Luiz Chian
Luiz Chinan é sócio-diretor da Retoque Comunicação e idealizador do LivroClip, iniciativa de incentivo à leitura premiada pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e reconhecida pelo MEC. É também presidente do Instituto Canal do Livro. Visite-o no site http://www.retoquejor.com.br/

domingo, 24 de julho de 2011

LENDO PROMESSAS

As imagens são do mundo todo e a realidade também. Segundo dados da Unesco, 776 milhões de cidadãos não têm acesso à leitura e à escrita, dos quais dois terços são mulheres. Porém, mesmo que muitas vezes eles tenham que ler promessas, isso não anula a vontade e o desejo dessas pessoas.

PUBLICADO POR: Rian Oliveira Rezende
Fonte: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio - Estudante
Rio de Janeiro - RJ - Brasil


garoto chileno lendo
em cooperativa de lixo –
Puerto Alto -Chile /
crédito: Nikka Melt


Morador de rua lendo
caderno da sociedade
de um jornal de Fortaleza- CE
crédito: Denise Mustafá

Pesquisa destaca o papel da imprensa na cobertura de literatura para jovens no Brasil


A necessidade de políticas de incentivo à leitura ainda é um tema tratado de forma tímida pela imprensa brasileira. Apesar de importantes, os pontos de vista apresentados nas matérias são considerados limitados e falta uma discussão sobre possíveis soluções para combater o déficit de leitura.
As conclusões acima fazem parte da pesquisa “Mídia e promoção da leitura literária para crianças e adolescentes”, divulgada neste mês pelo Movimento Brasil Literário, em conjunto com a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) e o Instituto C&A.
Tendo como fonte 75 especialistas e instituições ligadas ao tema, a pesquisa analisou a cobertura sobre leitura de literatura contidas em 1.489 reportagens, artigos, colunas, editoriais e entrevistas publicadas nos principais jornais diários brasileiros entre 2008 e 2009.
De acordo com as informações levantadas, apesar do crescimento apontado, os artigos analisados ainda possuem um enfoque local, principalmente municipal. No total, 19,7% das reportagens repercutem em ações nas capitais, onde está a maioria dos veículos pesquisados.
Dos textos analisados, 72,3% restringem-se à descrição de acontecimentos factuais, como eventos ou campanhas. Poucas matérias questionam políticas públicas de incentivo à leitura no país. Apenas 18,2% apresentam causas, 17,2% consequências e 11,3% apontam soluções para os problemas enfrentados na área.
O levantamento mostrou, no entanto, que existe um interesse crescente pela literatura editorial no Brasil. Aproximadamente 45% da população é constituída por não leitores, logo, o papel dos meios de comunicação é muito importante para garantir visibilidade ao assunto.
Educomunicação como alternativa
A Educomunicação, apesar de ser uma disciplina nova nos círculos acadêmicos de jornalismo, é uma das saídas para inserir jovens estudantes da rede pública no universo dos livros. Seja auxiliando-os na edição de jornais e revistas, seja na produção de programas de rádio e TV e na manutenção do blog da classe com novidades, por exemplo. Essas são as chamadas práticas de “educomunicação”, que visam alertar as novas gerações sobre a importância da mídia.
Segundo Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (USP), o termo identifica a aplicação de sistemas de comunicação na sala de aula, que tem tido cada vez mais crescimento e aceitação nas escolas públicas e particulares. “O objetivo dessa prática é preparar e conscientizar os receptores de informação e fazer com que, além de consumir, eles interajam com a mídia”, destaca Soares.

Fonte: http://www.blogeducacao.org.br/

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Prática de Leitura


O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, conseqüentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras. A leitura, por um lado, nos fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever.

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que conseguir analisar sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza quando lê: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. É o uso desses procedimentos que permite controlar o que vai sendo lido, tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido, buscar no texto a comprovação das suposições feitas, etc.

Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade.

Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que estabeleça relações entre o texto que lê e outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos.

Um leitor competente só pode constituir-se mediante uma prática constante de leitura de textos de fato, a partir de um trabalho que deve se organizar em torno da diversidade de textos que circulam socialmente. Esse trabalho pode envolver todos os alunos, inclusive aqueles que ainda não sabem ler convencionalmente.

Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua Portuguesa – Site MEC

domingo, 17 de julho de 2011

Ler faz bem para o cérebro

Adriana Foz 

Um país é feito de homens e livros, já dizia Monteiro Lobato.
Um país saudável é feito de homens que lêem. Ler desenvolve a inteligência, socializa, informa e previne doenças, tais como: ignorância, falta de estímulo, alienação, dentre outras. Não tem contra indicação, não tem idade, uma vez que todos somos capazes de ler idéias, intenções e desejos. Falam de fome de livros. Falo de fome de leitor. Quem disse que fome não é bom?
Citarei algumas receitas:
A leitura cura. Cura a falta de informação, a mente sem conteúdo, a dificuldade de se expressar, a inflexibilidade de pensamento, etc. 
Ler é chave para estimular a memória e a atenção. Para um dos mais ativos cientistas do país, Ivan Izquierdo, exercitar a memória é uma das chaves para envelhecer com qualidade. Segundo recentes estudos da neurociência, indivíduos com a doença Alzheimer, que eram leitores, têm diminuído a velocidade da doença. Um ótimo exercício para a memória são palavras cruzadas e literatura!
Ler é aprender.  Aprendemos, segundo a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, desde  sempre, mais precisamente "desde que somos do tamanho da cabeça de um alfinete".
Desde bebê podemos desenvolver as habilidades para a leitura.
Como podemos ensinar a leitura para uma criança bem pequena?
Lendo para seus filhos antes do soninho, contar estórias, levá-los à livraria, promover outras formas de cultura, incentivar o diálogo e brincadeiras com palavras, etc.. Afeto e palavras, assim como sorvete e calda de chocolate!
" Aprender é a função mais nobre do cérebro", segundo os grandes neurocientistas da atualidade. Ler fortalece neurônios. Logo, ler promove o aprendizado.
Ler é otimizar sinapses. Quem lê mais aprende mais ou quem aprende mais lê mais? Eis a questão.
Mas a principal questão é que a leitura é uma eficaz estratégia para desenvolver recursos cognitivos, para abrir janelas e portas de oportunidades.  A leitura é uma saudável ginástica sináptica.
Ler é uma viagem. Uma viagem sem fim.”Ler de verdade vai muito além de decodificar letras, que compõem palavras, que compõem frases, que compõem o texto” diz Pascoale Cipro Neto. A leitura é o caminho mais rico para fazer viagens, e sem sair do lugar!  

Adriana Foz
Educadora e Psicopedagoga
Neuropsicóloga e Escritora
email: drifoz@terra.com.br